domingo, 3 de abril de 2022

Esboço para pregação: 

Introdução á Soteriologia

Leitura: João 6:37-40; Romanos 3:21-31;

Soteriologia: Doutrina da Salvação, como revelada na Bíblia e formulada por um estudo indutivo das Escrituras. Pelo menos três teorias da salvação são particularmente importantes:

Duas teorias foram levantadas a respeito desta compreensão:

Idealista da Expiação: Adão tomou parte de uma forma transtemporal de uma humanidade que existia no paraíso antes da criação do homem. Mas com sua queda Ele contaminou a si como todos os demais seres viventes, incluindo a Cristo que fez parte deste grupo contaminado “um pecador entre pecadores”. Mas superou o pecado com seu modo viver e purificou tanto a si quanto todos demais.

Os problemas desta teoria:

1) Cristo em momento algum jamais foi pecador.
2) Um pecador não pode redimir outro pecador.
3) Tal teoria leva a ideia de Universalismo, onde todos serão salvos, sem condenação ao inferno.

A Teoria Governamental: Apresenta Deus como um governador Moral que age a favor do melhor interesse dos seus súditos, Logo Entende-se que Deus perdoa o pecador por causa do seu amor, sem conexão com uma justificativa lógica ou uma verdadeira satisfação. A morte de Cristo é vista como um pagamento aceitável ao invés de um verdadeiro sacríficio para satisfazer a justiça Divina.  

O Problema desta teoria:

1) Ela nega a necessidade da Morte de Cristo, aceitar tal teoria qualificado qualquer indivíduo para morrer pela remissão dos pecados de todos os seres humanos desde que convencidos do seu pecado e necessidade de arrependimento.

Então no que acreditar?

Na visão da autoridade Total: Creiamos que a Salvação é a obra completa de Deus que consiste em trazer os homens do estado de pecado ao estado de Glória através de Jesus Cristo, o Deus-homem. No estado anterior, o homem está espiritualmente morto e sujeito a ira divina. Neste último, ele está sob a graça de Deus, e experimentando a vida Eterna.

A salvação é um presente completo a ser desfrutado pelos verdadeiros crentes em Cristo, a oferta de si mesmo que foi feita por Deus através de seu Filho.

No Antigo Testamento, a raiz mais importante para o termo é “yasha”, que significa liberdade daquilo que prende ou restringe. Portanto, o verbo significa soltar, liberar, etc., portanto os vários substantivos derivados desta raiz significam tanto o ato de libertar quanto o de resgatar, além de transmitir o estado resultante de segurança, bem-estar e de vitória sobre os adversários. O particípio deste verbo é a palavra traduzida como Salvador “mashia” da qual vem nome “Josué” e sua forma grega Jesus. Ambas significam “Yah(weh) salva” , Javé é Salvação ou Jeová é Salvação.

No novo testamento o verbo grego mais comum são “soter” - “salvador”, “soteria” – “Salvação”. Portanto soteria algumas vezes pode ter o sentido de cura, recuperação, remédio, resgate, redenção ou bem-estar (tudo vai depender do contexto e passagem bíblica da aplicação ou do objeto de estudo). Sozo significa a ação ou resultado da libertação ou preservação do perigo, das doenças ou da morte.

No cristianismo o verbo passou a ser utilizado com significado de salvar uma pessoa da condenação eterna e conduzi-la a vida eterna.

A Salvação traz a Justiça de Deus para o homem, quando este cumpre a condição de ter fé em Cristo. A salvação baseia-se na morte de Cristo para Remissão dos pecados de acordo com os justos requisitos de um Deus Santo e Abençoador.

As bênçãos da salvação incluem basicamente, a redenção, a regeneração, a santificação, a reconciliação, a propiciação, a expiação, a imputação a justificação, a eleição, a ressureição e por fim a glorificação.

a)    A Redenção significa a completa libertação através do pagamento de um resgate.

b)    A Regeneração é o processo instantâneo da libertação do domínio do pecado de sobre o converso.

c)    A Santificação é o processo gradual de compromisso que o converso assume de separar-se do pecado, mediante o auxílio e ajuda do Espírito Santo.

d)    A Reconciliação significa que por causa da morte de Cristo, o relacionamento humano com Deus foi modificado de um estado de inimizade, passando a um estado de comunhão.

e)    A Propiciação significa que a ira de Deus foi retirada através da oferta de Cristo.

f)     A Expiação significa crer na oferta apresenta por Cristo como suficiente para levar a culpa de todos os culpados que tiveram as consequências de seus pecados aplicadas em Jesus.

g)    A Imputação significa que todos os males a ser sofrido pelo pecador arrependido são designados, herdadas em Cristo. (Cristo herda do pecador os males que haviam de lhe causadas). (O Pecador herda de Cristo suas bênçãos atemporais e eternas como a salvação).

h)    A Justificação significa que os antes indesculpáveis em Deus mediante a sua justiça, agora são justificados, desculpados tidos como justos mediante o sacrifício de Jesus.

i)      A Eleição implica na separação dos salvos, chamados por Deus e encontrados por Jesus, elegidos para serem salvos.

j)      A Ressurreição é o estado futuro de aguardo e conforto para os que “morreram em Cristo” e aguardam pelo dia da Grande ressurreição, estes serão ressuscitados e redimidos em um corpo de glória, diferente dos que ressuscitarão para serem julgados;

k)    A Glorificação é O processo que está prometido somente para os salvos em Cristos Jesus e que guardaram a promessa da salvação.

Quando uma pessoa crê no Senhor Jesus Cristo ela é salva, e assim já está redimida, reconciliada e limpa. Além disso a salvação é também progressiva. E o homem precisa da obra santificadora do Espírito Santo no aperfeiçoamento de sua salvação. Além disso, a salvação em sua plenitude, deverá ser realizada no futuro, quando Cristo volta.

A necessidade da Salvação é encontrada na natureza pecaminosa do homem. A punica condição para a salvação é a fé. E esta é tanto um dom de Deus quanto uma responsabilidade do homem. A responsabilidade do homem Salvo é viver uma via com Deus, separado do mundo e na antecipação da futura consumação de sua esperança. O crente recebeu o Espírito Santo como adiantamento ou um penhor (pagamento inicial, entrada de um financiamento, etc.)  De sua salvação.

Duas outras bênçãos estão reservadas para o futuro: a remoção completa da natureza caída e o recebimento do corpo da ressurreição. Paulo explica que ela nos será concedida por ocasião do retorno de Cristo, quando Ele removerá a maldição que foi colocada sobre os homens e sobre a natureza após a queda de Adão.

Conclusão: Ao pecar no Jardim, Adão como representante total da raça humana imputa aos seus descentes o pecado original. Cristo como Segundo Adão, assumiu uma verdadeira natureza humana; mas nenhum pecado lhe foi imputado uma vez que ele não tinha pai Humano, tendo sido concebido pelo Espírito Santo. (Conforme o credo dos Apóstolos). Ele foi nascido de mulher, sob a Lei, para remir os que estavam debaixo da Lei.

Ele veio ao mundo por meio de uma virgem, nasceu livre de todos os pecados, de modo que ele como homem perfeito, pode em primeiro lugar cumprir perfeitamente a lei de Deus e então morrer sob o castigo da lei infringida pelo homem, carregando os nossos próprios pecados em seu corpo na cruz. Ele agiu como um representante de todos aqueles que escolheram aceita-lo como seu Salvador pessoal. Embora o pecado de Adão seja imputado diretamente a toda a sua posteridade, a justiça de Cristo é imputada somente aqueles que individualmente decidem aceita-lo como o seu sacrifício substituto e redentor.

O grande objetivo desta mensagem, não é apenas expor conceitualmente o que é a Salvação, mas fazer você refletir sobre a pergunta: Eu sou salvo?

Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Marcos 8:36

O mais importante, não é ter a resposta desta pergunta neste momento, mas ter ciência que independe de qual seja a sua resposta para ela, ainda há tempo para a sua salvação.

Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
João 6:37-40

A salvação do homem sempre foi da vontade de Deus por meio da graça e da perseverança dos salvos a santificação por meio da fé.

Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Mateus 24:13


sábado, 5 de fevereiro de 2022

Esboço para pregação com o tema: ESPERANÇA EM DEUS


TEMA: ESPERANÇA EM DEUS

LEITURA: ROMANOS 5:1-5; 1 PEDRO 1:3;

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;
Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,
E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.
E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Romanos 5:1-5

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,

1 Pedro 1:3


INTRODUÇÃO: A mensagem Carta ao Romanos foi redigida por Paulo no ano 57 d. C. e teve como área geográfica de exposição “desde Jerusalém e arredores até ao Ilírico” e prossegue dizendo que sente ter concluído a sua missão naquela vasta região. Agora ele planeja ir à Espanha, e visitar a igreja romana no caminho. (Romanos 15:19)

Homens como: Agostinho, Lutero, Wesley e outros, tiveram um contato e uma experiência divina ao terem acesso ao conteúdo da Epistola de Romanos, não uma experiência qualquer, mas a experiência da conversão para a salvação, o conhecimento que produziu a esperança. Em uma escala menor, coisas semelhantes podem acontecer conosco, se permitirmos que as palavras desta Epístola cheguem vivas às nossas mentes e aos nossos corações, pelo poder do Espírito Santo.

DEFINIÇÃO: O termo esperança, em grego, elpis, designava a atitude de quem espera ou aguarda qualquer acontecimento, alegre ou triste, feliz ou infeliz

Em Hebraico Os substantivos miqweh (Jr 14.8; 17.13; 50.7) e tiqwah esperança (Sl 71.5; 9.19; 62.6; Jr 31.17) tem como sentido esperar, aguardar ansiosamente

E para o cristão a expressão máxima está relacionada a sua fé.


Quatro verdades que podemos encontrar ao estudar Romanos 5: 

1) Temos paz com Deus, 1;
2) Temos acesso à sua graça, 2;
3) Temos alegria na esperança da glória, 2;
4) Seremos salvos por meio da sua vida, 9-11.

DESENVOLVIMENTO:

5:1 – a)  Ao tratar da excelência da doutrina da Justificação, Paulo aborda que ela deve ser concretizada através da ação da Fé (Esperança).

E a doutrina da Justificação é tão extraordinária que, ao realizarmos uma análise minuciosa nos escritos de Paulo, identificamos que ela não trata apenas sobre perdão e absolvição da culpa do pecado; ela também traz dentro de si a esperança da glória de Deus e a promessa da salvação final (9-10);

Paulo descreve com precisão que a justificação produz a instante vontade do início de um progresso moral (Santificação) para “termos paz com Deus”, mas a ênfase desta passagem é a glória futura e a salvação final daqueles que continuam em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (O motivo da nossa esperança).

O teólogo Godet levantou o seguinte questionamento a respeito do ensino desta doutrina:

Paulo volta a sua atenção para o futuro que se abre para a alma justificada. O seu objetivo não está em uma posição final: há uma sucessão de tentações e lutas à sua espera. Este estado de justificação será suficiente para mantê-la, até que ela possa chegar à salvação final? A apreensão da ira divina existe nas profundezas do coração humano. Uma transgressão é o bastante para reavivá-la. Qual justificado não fará, de vez em quando, a ansiosa pergunta: Será que a sentença pela qual a minha fé me foi imputada para justiça ainda será válida no julgamento? E no dia da ira (v. 9), será que esta salvação pela graça, na qual eu me alegro agora, ainda existirá? E todos tememos esta resposta”

b) Justificar é ter um motivo plausível para se ver livre de uma determinada obrigação.

Por exemplo, O aluno faltou a aula com a apresentação de um atestado médico que justificou a sua ausência, logo o aluno obteve a autorização de um órgão competente para isentá-lo da obrigação de assistir á aula daquele dia.

Portanto identificam-se como sendo:

O Justificador: Jesus
A causa da Justificativa: Sua morte / sacrifício
A quem está sendo justificado (por quem foi preferido a sentença?): Deus
Obrigação / condenação: A morte Eterna em detrimento ao pecado original;
Ação de escopo: A fé
Tempo de ação ou data da aplicação da sentença final: Futura, aguardada através da esperança.  

Por isto Paulo Aconselha: “Vamos conservar ou aproveitar a paz com Deus que obtivemos por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.

5-2) “Temos entrada” Quando um condenado vai a julgamento, geralmente ele não comparece só perante o tribunal, ele está acompanhando de Advogado (seja contratado ou fornecido pelo estado) O Advogado não tem apenas o papel de interlocutor ou representante, ele é qualificado para estar ali, dependo do grau de representação, ele se qualificou em uma Universidade, realizou a sua dura inscrição na OAB, quando necessário realiza uma especialização, logo o réu se ver representado e com direito a entrada diante do corpo do Júri.

Logo, Cristo é o “introdutor” que torna o justificado, digno a absolvição em um julgamento justo, e o introduz a entrada da liberdade, paz com Deus, a sua Graça;

Está ação produz firmeza (confiança) , Calvino comenta: “A razão, não apenas para o surgimento da esperança da vida que há de vir, mas também para a nossa ousadia em participar dela, é a que temos no alicerce seguro da graça de Deus.

Neste contexto, observa-se que a esperança produz, alívio, alegria, sentimento de inocência e falta de culpa, abandono do pecado, e o aguardo nas promessas de Deus.

 

5-3) No entanto Paulo ressalta pelo menos algumas verdades.

1º) A esperança não nos priva de uma vida de sofrimentos e dificuldades;
2º) A esperança não alivia a dor das nossas batalhas terrenas;
3º) A esperança separa cristãos imaturos de cristãos verdadeiros;
4º) A esperança nos molda ao interesse de Deus;
5º) A esperança será usada por Deus, para tornar cristãos seres humanos melhores.

Pois qual cristão há de confessar ter esperança em Deus, se murmurar das tribulações ou alegar não suportá-las?

Qual cristão alegará ter esperança em Deus, sendo impaciente, ansioso ou desconfiado da provisão divina?

Qual cristão creditará sua infantilidade diante das agruras da vida, queixando-se da ausência do dom de Deus?

5-4) Paulo é sincero e não omisso ao dizer que: a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.

Ressalta-se que está registrado :

“no mundo tereis aflições João 16:33
“aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo”.
Mateus 24:13

É difícil terminar uma atividade, principalmente que requeira a vida inteira, mas será que não vale a pena servir a Deus durante nossa expectativa de vida neste mundo, e após receber suas recompensas ETERNAS?

Como temos a esperança de sentir a glória de Deus, vamos também nos gloriar nas tribulações. Longe de sermos destruídos por estas experiências, elas deveriam fortalecer a nossa esperança. Quando aceitamos o acontecimento destas tribulações, elas resultam em paciência, e em uma força ou perseverança disciplinada. A tolerância alegre e pacientemente traz a experiência, isto é, testa e fortalece o caráter, que por sua vez torna possível que tenhamos uma esperança mais vigorosa do que aquela que poderíamos ter de outra maneira.

5-5) a esperança não traz confusão  “não engana”, “não é ilusória”.

não temos medo de ser desapontados - “porque o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. “Nós esperamos receber a glória de Deus, porque já recebemos o amor de Deus. A esperança é, assim, mais do que esperança; é a esperança que já começa a se realizar”.236 O amor de Deus (he agape tou theou) não é o nosso amor por Deus, mas sim o amor de Deus por nós (cf. 1 Jo 4.10,16). Mas este amor não é simplesmente um fato que reconhecemos a respeito de Deus. E a realidade de Deus “derramada em nosso coração”. Como a natureza do próprio Deus é agape, ao nos dar agape Ele compartilha conosco uma parte da sua própria natureza. É neste ponto que o conceito da justificação “entra na esfera da experiência moral”.

1) A esperança de fornece, certeza esclarecimento, entendimento, discernimento.
2) A esperança Confirma o Amor de Deus por você.
3) A esperança permite que você experimente nas entranhas do seu ser espiritual a ação do amor de Deus.
4) A esperança lhe ajuda a manter um relacionamento direto e contínuo com o Espírito Santo de Deus

 

Lembre-se sempre de trazer a memória somente aquilo que possa lhe trazer algum tipo de esperança; Lamentações 3:21

 

 

 

 

CONCLUSÃO:

A esperança é sem dúvida uma das três virtudes teologais, conforme é possível comprovar em 1 Coríntios 13:13: "Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor."

Também é possível verificar que a esperança está relacionada com a fé, de acordo com Hebreus 11:1: "Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos."

Em Jeremias 29:11, podemos ver que Deus quer que o Seu povo tenha esperança: "Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro."

Para um cristão, ter esperança é saber que apesar das dificuldades que o cristão enfrenta nesta vida, que o melhor ainda está por vir.

Em resumo, a esperança será para os dias finais o Sentimento que levará o cristão a olhar para o futuro, considerando-o portador de condições melhores que as oferecidas pelo presente, de tal sorte que a luta pela vida e os sofrimentos que são enfrentados como contingências passageiras na marcha para um fim mais alto e de maior valor, será a virtude sobrenatural, que levará o cristão a desejar a Deus como bem supremo.

Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa fé, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo. Romanos 15:13 

 Por César Gabriel Calazans da Silva

Matozinhos 05/02/2022 

domingo, 23 de janeiro de 2022

Esboço para pregação, tema: Deus, o amigo nos momentos de amores, Jesus, o irmão nos momentos de dores

Leitura: O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade. Provérbios 17:17

Introdução: Que a sociedade moderna insiste a todo momento descredibilizar os valores cristão, já não é mais novidade; O que anteriormente era planejado de forma oculta, hoje é em dia é anunciado como uma “guerra fria” declarada, ensinamentos que colocam em cheque os valores cristãos, como a deturpação de todas as formas de amores em suas esferas, seja Ágape (Amor perfeito e incondicional de Deus) , Amor Eros (Amor romântico da relação íntima entre homem e mulher), Amor Storge (Amor pelos familiares e pessoas próximas) e o Amor Philia: (Amor fraternal entre pessoas).

Mas a indagação que eu gostaria que você refletisse hoje é: Se todos nós vivêssemos exatamente como o mundo (sistema) deseja qual seria o sentido de nossas vidas? Se vivêssemos exatamente como eles desejam, sem valores, sem princípios e sem regras para realizarmos nossas vontades “livremente”. Nossa racionalidade humana seria tão útil quanto a de um animal que pasta no campo, teria um significado de via tão valorosa como os grãos da terra, seríamos tão distintas como os grãos de areia de uma praia ou tão ativos quanto um exército de cadáveres. (Pausa para um momento de reflexão).

Mas o nosso motivo de esperança é que Deus é a razão da nossa existência, e somente ele pode dar sentido; Ele cria do pó da Terra os seres humanos (Gênesis 2:7) , do exército de mortos ele traz a ressureição com vida e propósito (Ezequiel 37:3-15) e dos meios dos grãos de areia Ele pode chamar um homem simples e sem fé para estabelecer uma aliança, um relacionamento, uma história de um Deus e Seu povo (Gênesis 15:5).

Desenvolvimento:

Em 1971
John Lennon e Yoko Ono , escreveram a letra da Música “Imagine” que sem dúvida é a filosofia mundial ensinada pelo Governo da nova era, pelo tempo da apostasia, no conteúdo desta canção você encontra trechos como:

Imagine não haver o paraíso

É fácil se você tentar

Nenhum Inferno abaixo de nós

Acima de nós, só o céu

Imagine todas as pessoas

Vivendo o presente

Imagine que não houvesse nenhum país

Não é difícil imaginar

Nenhum motivo para matar ou morrer

E nem religião, também

Imagine todas as pessoas

Vivendo a vida em paz

Você pode dizer que eu sou um sonhador

Mas eu não sou o único

Espero que um dia você junte-se a nós

E o mundo será como um só

Imagine que não ha posses

Eu me pergunto se você pode

Sem a necessidade de ganância ou fome

Uma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoas

Partilhando todo o mundo

 

Esta música Vendeu 1,6 milhões de cópias somente no no Reino Unido, e alcançou o primeiro lugar após a morte de John Lennon em dezembro de 1980. A Broadcast Music Incorporated nomeou "Imagine" como uma das 100 músicas mais tocadas do século 20.

Sua aceitação mundial, prova como espirito da Apostasia opera nos filhos da iniquidade, um mundo subordinado e sem resistência política, religiosa ou filosófica. O Fim da moralidade nos relacionamentos.

Deus, em sua onisciência, sabia que os laços de relacionamentos, seriam fundamentais para que o ser humano não perdesse ao longo do tempo a sua sanidade, não seria por subordinação nem por imposição que ele se voltaria para Deus, seria por amor. Então Deus arquitetou um plano de Amizade, que venceu o Espaço e Tempo;

Deus tinha um relacionamento de Soberania com Lúcifer, e todos os demais seres de sua criação
Mas com os seres humanos Deus tinha uma amizade de Semelhantes com Adão, aponto de lhe autorizar administrar sua criação, governar o mundo e lhe fornecer uma companheira,.
Abel teve
Amizade Sacrificial com Deus, onde ao oferecer os sacrifícios a Deus, aceitava de bom grado.
Sete tinha com Deus uma amizade de Restituição aos seus pais pela Perda de Seu irmão.
Enos Teve uma amizade de busca intensa a Deus;
Enoque teve uma amizade de aproximação Com Deus;
Abrão teve uma amizade de Confiança  / Crença em Deus;
Isaque teve uma amizade de Entrega a Deus;
Israel (Jacó) teve uma amizade de Identificação e significado em Deus.
Moisés teve uma amizade de Liderança, Libertação e Doutrinação com a orientação de Deus;
Josué Teve uma amizade de valentia e conquistas concedidas por Deus;
Samuel Teve uma amizade de Justiça e espiritualidade com Deus;
Davi teve uma amizade Real (de realeza), poética e  em conformidade a vontade de Deus;
Salomão teve uma amizade Sábia com Deus;
Elias teve uma amizade Profética, Santificadora e expurgadora do mal de Israel (a idolatria);
Isaías teve uma amizade messiânica apaixonante;
Jeremias teve uma amizade de Esperança e Fidelidade;
Daniel teve uma amizade de Pureza e fidelidade até a prova da morte;  
Malaquias teve uma Amizade justa diferente dos ímpios.

E no momento mais caótico da humanidade (no período Inter bíblico) de silêncio por 400 anos, Deus celebra o pacto de sua amizade, (na adversidade Deus enviou o seu filho que se torna irmão dos seres humanos, através de grandes sacrifícios);

Deus inicia sua ação enunciando “paz” (sentimento amigável) entre os reinos celestial e humano

Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. Lucas 2:14

Após iniciar seu ministério Jesus escolhe 12 discípulos e estabelece com eles relacionamentos e laços de amizade, respeitando a característica do ser interpessoal de cada um, com :

Simão Pedro uma amizade  impulsiva, tinha sentimentos fortes, era de decisão súbita e de ação rápida, com um perfil ativador, Pedro tinha o senso do fazer rápido (urgente), ação e resultados era o que lhe motivava, tinha iniciativa, prático, o mais impulsivo de todos os discípulos, vencer desafios era com ele, autossuficiente. Suas qualidades eram fazer acontecer, de fácil motivação e fazer o que for necessário. Seus pontos fracos eram: explosivo, temperamento difícil, fazia do modo mais fácil, impaciente, ansioso, inquieto, agia e depois pensava. Se motivava a resolver os problemas do seu jeito.

João foi estabelecido uma amizade sensível e de bom relacionamento foi considerado o discípulo amado pelo Mestre, acompanhou Jesus em todos os seus momentos era confiável, recebeu a incumbência de cuidar da mãe de Jesus, manipulador através dos sentimentos;

André ele estabeleceu uma amizade baseado na organização, planejamento, metódico e previsível, tinha certeza e compreensão exata das regras sem erros.

Tiago uma amizade pensadora com comportamento criativo e intuitivo, mas sempre bem equilibrado e flexível.

Felipe uma amizade de comportamento detalhista, e organizadora e metódico, tinha um jeito sistemático de cumprir suas funções.

Natanael tinha uma amizade comunicadora, com um comportamento tradicionalista, sensível, de fácil relacionamento, buscava sempre harmonia no grupo, sempre divertido e a felicidade acima dos resultados, tinha o reconhecimento do grupo pelos seus serviços sociais aos familiares de todos os apóstolos. Um pouco idealizador (Águia), pela descontração e falta de atenção para o aqui agora, distraído e levado a liberdade de expressão. A ausência de controles rígidos eram fatores que o motivavam.

Mateus tinha uma amizade contribuinte no grupo pela sua generosidade, tinha qualidades de manter com facilidade uma comunicação harmoniosa com todos, buscava a aceitação social

Tomé tinha uma amizade sempre movida pela ordem, controle e segurança, tinha um comportamento detalhista e analítico, organizava e planejava o itinerário dos apóstolos era um bom executivo, um excelente homem de negócios, metódico leal e responsável, era do tipo lógico e cético sem leviandade a ponto de duvidar da ressurreição de Jesus;

Tiago e Judas (Tadeu): Eram filhos de Alfeu, tinham perfis idênticos, uma amizade com um coração grande, bom e generoso. Buscavam sempre a harmonia no grupo, eram muito queridos por todos, tinham uma sensibilidade e simplicidade muito grande, evitavam conflitos, eram prestativos

Simão (Zelote): tinha uma amizade ativadora, sua índole era inflamada, um revolucionário radical, impulsivo e prático, era um rebelde iconoclasta, sempre se identificou com o partido do protesto, era um homem de lealdade intensa, um Judeu nacionalista e um entusiasta da salvação, vencer desafios era com ele, com um senso de urgência em tudo, era de fácil motivação e fazia tudo de modo mais fácil, era motivado a resolver as questões do seu jeito.

 

Judas (Iscariotes): Podemos deduzir com o fim de sua vida que jamais teve um laço de amizade com Jesus, era criativo, intuitivo e pensamento no futuro, um dos mais instruídos entre os discípulo, tinha dificuldade de entender a si próprio e não era sincero ao lidar consigo mesmo. Também tinha um lado organizador (Lobo) acentuado, eficiente, habilidoso e com muito tato e paciência apurada, desempenhou com eficiência a função árdua de tesoureiro do grupo apostólico, era um grande executivo, um financista capaz e previdente, era de uma organização persistente, nenhum dos doze jamais criticou Judas. Ele acreditava em Jesus, mas talvez não tenha amado o Mestre de todo o seu coração como os demais. O caso de Judas ilustra a verdade daquele versículo: " Há um caminho que parece justo para o homem, mas o fim dele é a morte". O seu sentido de valores e lealdade era imperfeito.

Chegou um momento no ministério de Jesus (preste a sofrer as angustias da crucificação) que estes relacionamentos, se tornaram tão íntimos, que ele chegou a mencionar algumas palavras das quais um dos discípulos deixou registrado Para a recordação dos onze e a Igreja, Sendo:  

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu tornei conhecido a vocês.
João 15:13-15

Conclusão:

Caro ouvinte,  Chegará um momento em sua vida, que você precisará se decidir ao chamado deste Deus que te chama para um relacionamento interpessoal. Talvez hoje seja o momento mais caótico da história de sua existência e sem perspectivas de esperanças. Mas como diz a Bíblia é no momento da Angústia que o amigo se torna um irmão.

O site: https://labfa.com.br/ pertencente a  Frischmann Aisengart que faz parte do grupo DASA, a maior empresa de medicina diagnóstica da América Latina e quarta maior do mundo realizou um post em 20 de julho de 2020 (Data em que é comemorado o dia do Amigo no Brasil), Este estudo que possuir um ciclo saudável de amizades pode contribuir para:

Diminuição do risco de doenças, pessoas solitárias, têm tendência a se sentir mais indefesas, ter noite de sono ruins e sofrer de complicações como estresse e ansiedade.
Alcance da longevidade. Pesquisadores da Brigham Young University, nos EUA, fizeram um estudo e concluíram que pessoas sem interações sociais durante parte de sua vida têm impactos prejudiciais comparados aos de alcoólatras, obesos ou fumantes.
Aumento no seu otimismo. Os sentimentos bons como a felicidade são sempre contagiantes, foi o que comprovou o estudo das Universidade de Harvard e da Califórnia, nos EUA. Por isso, compartilhar momentos bons com outras pessoas acaba criando um efeito dominó de energias positivas, se seu amigo é otimista, a chance de você começar a se tornar mais feliz é muito maior.
Coração saudável. A amizade faz bem ao coração literalmente. Um estudo de dez anos da Universidade Columbia (EUA) mostrou que nossas emoções, principalmente quando estamos felizes em grupo, influenciam muitos nossos batimentos cardíacos, diminuindo a probabilidade de doenças cardíacas e infarto em até 22%.
Compartilhamento de sentimentos.
Um mecanismo natural dos seres humanos é a vontade de dividir suas experiências, gostos, necessidades e sensações. Por isso, a criação de uma cumplicidade e uma confiança pode fazer com que esse compartilhamento de sentimentos de forma espontânea entre os amigos melhorem a saúde mental de todos, fazendo com que os problemas, inseguranças e desafios não fiquem acumulados, explica a psicologia Marina Vasconcellos.
Relações mais duradouras.
A amizade não está limitada apenas a vínculos platônicos, mas ela dentro das relações amorosas é o grande segredo de uma relação estável, duradoura e saudável. Se o casal é amigo; a união, a confiança e a cumplicidade se tornam maiores.
Diminuição da depressão.
Ter o hábito de se relacionar com outras pessoas e manter amizades são fatores muito importantes para se combater a depressão, o isolamento e a baixa autoestima, principalmente nas fases de crescimento, em que as amizades são fatores decisivos para os pequenos se desenvolveram psicologicamente e se tornarem adultos mais felizes, segundo o estudo da Universidade do Maine, nos Estados Unidos.
Físico em forma. Fazer atividades em grupo é bem mais divertido, não é? Estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, mostrou que, se seus melhores amigos praticam atividades físicas, as chances de você também sair do sofá são grandes. Tudo por conta da capacidade de influência das amizades.

Se as amizades com um semelhante, pode trazer tais benefícios, imagina a Amizade com o Deus Criador? Ele promete:

Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.
E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
Apocalipse 21:3,4

Atenda ao convite filho pródigo, e retorne hoje mesmo, ao relacionamento A Deus como de filho, E a Jesus como Irmão e Amigo.